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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Imprevisão do tempo!

Tornado
Na primeira semana que estive aqui em Tulsa, em meados de agosto, era uma quarta-feira, quase meio dia, e eu estava caminhando no campus sozinha. De repente escutei uma sirene muito alta e que ficou tocando por quase 30 segundos. Me desesperei! Na minha cabeça eu só pensava: "ai ai ai... o que é isso?!! Será que é algum tornado vindo?!!" Olhei ao redor e todas as outras pessoas continuaram andando, tranquilamente; se tivesse alguém correndo e gritando eu faria o mesmo. Mais tarde fiquei sabendo que essa sirene toca todas as quartas-feiras, ao meio dia, para "não enferrujar".

Na época não estava familiarizada com o clima aqui, então tudo era novidade. Porém, com o passar do tempo, percebi que era novidade sempre.

É praticamente impossível prever o tempo aqui em Tulsa. Em um mesmo dia podemos ter verão e nevasca em questão de horas! E por aqui já vivenciei duas nevascas (consideradas raras devido à localização da cidade), uma chuva que congelou todas as árvores, calçadas e fios de postes (a visão era linda, o frio nem tanto), um calor de quase 40°C, e muito muito vento o tempo todo!!

Campos de tulipas
O pior, pelo que fui informada, ocorre na primavera (estação atual), quando a época de tornados acontece. Desde que a primavera começou, 20 de março, já tivemos dois alertas de tornados (um que foi pra valer, mas que foi só uma tempestade), dias quentes com temperaturas que chegaram a quase 30°C, temperaturas negativas com neve. Sim, neve!! E isso foi o que mais me impressionou, pois em um dia (sábado) tivemos muito calor, no dia seguinte foi um alerta de tornado seguido de tempestade, e no dia seguinte tivemos um frio de -2°C com neve às 11 horas da manhã!!

Difícil de acreditar que o clima aqui pode ser tããããão doido e imprevisível, mas aparentemente todos aqui estão bastante acostumados com isso, e estou começando a ficar também. Enfim, tenho mais é que aproveitar a primavera aqui! Apesar do friozinho de outono, a primavera é a estação das flores, e o que mais vejo por aí são pássaros felizes e esquilos apaixonados. Juntar-me-ei a eles e farei dos meus últimos dias aqui em Tulsa os mais felizes e apaixonados possíveis!!

Contagem regressiva!!!

domingo, 2 de março de 2014

É carnaval...

Verão em Florianópolis
Esse período do ano é o mais feliz, alegre e divertido para muitos brasileiros. Ou, como dizia Vinícius de Moraes: 
... "A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira"...

Então porque será que ando tão tristinha da vida? A resposta é bem simples: é carnaval, uai!! É carnaval, sim, lá no verão e calor do Brasil. Se eu estivesse lá eu estaria dançando ao som do Axé, tomando chuva na beira da praia, me divertindo com meus amigos. Mas como estou aqui nunca estive tão homesick como agora. Em vez de  curtir o carnaval, estou fugindo do frio de -20°C que está lá fora e observando a neve que cai sem parar pela janela. 
Verifiquei pelas redes sociais várias fotos das pessoas aproveitando o carnaval e isso me deu mais saudade ainda, principalmente da minha irmã. Gostaria que os meses que faltam passassem mais rápido do que o normal para que eu possa finalmente reencontrá-la, porém, esses dias parecem se arrastar.

Inverno em Tulsa
Estou aqui em Tulsa-OK há 7 meses e não vejo a hora de poder voltar pra casa para ficar com a minha família, meus cachorros e meus amigos. Eu realmente não sei como minha mãe conseguiu morar 5 anos no Japão. Saber que um dia estarei de volta para aproveitar tudo isso e que essa oportunidade dada é algo maravilhoso para a minha carreira me faz sobreviver todos os dias por aqui. Mas até que ponto vale a pena passar por coisas ruins para termos coisas boas?
Ainda não sei a resposta para essa pergunta, mas sei que no futuro terei um pouco de saudade dos momentos que vivi e estou vivendo por aqui, e sei também que a vida é um eterno aprendizado e que eu posso curtir outros carnavais por aí.

Estou com muitas saudades de tudo no Brasil: cheiro, clima, pessoas, comida, frutas frescas, praia... mas estou aprendendo a curtir o carnaval aqui, principalmente porque as aulas foram canceladas por causa da neve e teremos mais um dia de folga. Então tenho mais tempo para comer, fazer unha, jogar vídeo game, namorar...

BOM CARNAVAL A TODOS!!


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Esse frio americano...



Um dia desses...
Estou vendo muita gente reclamando do calor recorde que está fazendo no Brasil, e muitas outras se gabando porque estão na praia se refrescando, enquanto muitos têm que pegar ônibus e trabalhar. Mas eu digo o seguinte: prefiro muito mais esse calor infernal do que esse triste congelamento diário aqui em Tulsa.
- "Mas que besteira, Mayara! Você diz isso porque não está aqui" - vocês vão dizer. E eu vou reforçar: EU QUERO MEU PAÍS TROPICAL!

Alguém já parou para pensar porque o Brasil é considerado um país caloroso e alto astral, onde as pessoas estão sempre de bom humor? Pois bem, é o clima, minha gente. 
Não tenho conhecimento se existe alguma pesquisa científica que comprove isso que estou dizendo, mas podem acreditar no que estou falando: eu era feliz no calor do Brasil e não sabia! 
Gelo por toda parte...

Não estou dizendo isso porque odeio o frio e amo o verão, mas sim porque estou percebendo a mudança do humor das pessoas, inclusive eu, durante esses dias de frio, vento e neve. 
Os Estados Unidos também estão passando por um onda de frio recorde, com neve onde não neva, temperaturas baixíssimas e sensações térmicas menores ainda. O frio está tão extremo que quando o termômetro marca 1°C a gente já comemora porque está "quentinho". 
Mas o maior problema não é esse. O negócio não é só que o frio congela todas as extremidades do nosso corpo; o negócio é que o frio congela a alma e o coração das pessoas. E o resultado: mau humor, grosseria, falta de educação, falta de ânimo, obesidade (porque a gente só pensa em comer nesse frio), etc. No meu caso, além de querer comer tudo de doce que vier pela frente, ainda não tenho vontade nenhuma de sair de casa (já tive que sair com temperatura de -20°C), e também fico muito triste e deprimida. CADÊ O SOL E O CALOR DESSA TERRA, MINHA GENTE?

Então, a minha pesquisa de campo afirma: o frio pode causar mau humor, cara amarrada, depressão e aumentar seus níveis de açúcar e gordura no sangue porque você já comeu demais da conta com esse frio todo!!

Tudo de bom!!!
Mas e então, existe solução para esse meu problema? 

Hummm... aquecedor a 30°C? Aqui vai ser difícil nessa época do ano (talvez sabe em março). 

A solução, então, é fazer mandinga, macumba, reza braba e torcer para termos um sol mais quentinho para acalmar a minha alma e me deixar mais feliz. EU PRECISO DE VITAMINA D, POXA!! E vamos todo mundo colaborar com o pensamento positivo no calor porque eu já não aguento mais esse frio todo daqui!!!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Winter Road Trip

Missouri welcome center
Oklahoma, Missouri, Illinois, Ohio, New York, Pennsylvania, New Jersey, Virginia, Tenessee, Arkansas. Percorremos de carro mais de 5000 km, 14 cidades e 10 estados americanos. Essa viagem incrível foi ótima para conhecer um pouco mais dos Estados Unidos e aprender a respeitar as diferenças.
Passamos por quase todas as aventuras de frio que se possa pensar: dirigimos em uma nevasca, esquecemos garrafas de água dentro do carro e as encontramos congeladas no dia seguinte, vimos lago congelado e muita neve, pegamos um frio de -20°C e quase morri de dor com meus dedinhos congelados. Essa parte do frio não foi nada legal, mas pelo menos temos histórias para contar.

E por falar em histórias pra contar, você ouviu falar daquela que a gente foi parado pela polícia? Estamos na estrada a 120 km/h e tivemos que cruzar uma cidade, porém a velocidade máxima nessa parte da estrada era 80 km/h. Olho para o lado e vejo um carro de polícia parado no acostamento (aqui chamado de shoulder). Aí eu disse: "a gente só leva multa se a polícia vier atrás da gente". Logo em seguida vemos as luzes do carro da polícia atrás da gente. Paramos o carro e logo que o policial se aproximou o Rodrigo disse: "I'm sorry, I can't speak English". O policial foi super educado e paciente, e através de mimica explicou para o Rodrigo o motivo pelo qual nos parou. Não levamos multa, ainda bem, mas o susto que levamos foi o suficiente.

Todas as cidades que visitamos possuem seu charme, mas eu particularmente me apaixonei por Chicago (e sua arquitetura incomparável), Philadelphia (e tudo nela) e Atlantic City (super convidativa com seus cassinos e praia). E New York City, na minha opinião, não é o melhor lugar do mundo para estar na virada do ano: lotada de gente, intransitável, pessoas mal educadas e muito muito frio. Quem sabe em outra época...
Existem outras coisas que chamaram minha atenção nessa viagem, como a existência de uma Springfield em cada estado americano, o mesmo nome de cidades, ruas e monumentos em vários lugares, as regras, pessoas e impostos são diferentes de estado para estado. Mas o que mais me chamou atenção é que no estado de New Jersey existe uma lei que proíbe o self-service em postos de gasolina, portanto existe sim frentista aqui. Não tive coragem de perguntar o nome da profissão, mas as placas no posto de gasolina diziam full-service e as informações da lei.

All we need is love!
Enfim, a viagem foi muito boa! As estradas aqui, apesar de não possuírem iluminação e nem boa sinalização, são excelentes. Todas são pista dupla, sem buracos, e nos permitem dirigir constantemente a 160 km/h se o carro conseguir. Qualquer hotel simples é bom de se passar a noite e satisfaz nossa necessidade de descanso após horas dirigindo. Recomendo road trips para todos! Afinal, a melhor forma de se conhecer um lugar é percorrendo todo ele e caminhando muito. 
Depois dessa experiência maravilhosa, estou muito empolgada para a nossa próxima road trip. Não estará frio, porque será primavera. Iremos conhecer praticamente a costa oeste toda. E estaremos acompanhados de duas pessoas que estamos morrendo de saudades: minha irmã e meu cunhado (Mariana e Felipe)! I can't wait...

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Adaptação 2

Sunset
Agora posso dizer alto e claro: não troco o Brasil por nada!!
O semestre aqui na TU está acabando, e agora que estou mais bem adaptada e que posso respirar mais aliviada, consigo repassar cada estágio de adaptação pelo qual precisei passar para chegar onde cheguei. 
Mudar para outro país com língua, costumes e cultura diferentes não é fácil. Porém, muitas vezes me senti dentro de um filme americano do qual tanto gostamos no Brasil, como o American Pie ou qualquer outro filme que envolva pessoas em uma universidade. Para começar, as festas de fraternidade são como vemos nos filmes: meninas enchendo a cara e caindo de bêbada, sendo carregadas para o andar de cima para fazerem com elas seja lá o que for. Rapazes da fraternidade vestidos praticamente todos da mesma forma e oferecendo bebidas para as meninas de forma que facilite o acesso. Mas isso não é tudo, aqui as pessoas levam a sério esse negócio de cheerleader, futebol americano e esporte em geral, fraternity e sorority. Com isso, os alunos da universidade só andam e se relacionam com quem faz parte da mesma tribo: cheerleaders com atletas, fraternity com sorority, looser com looser, estrangeiro com estrangeiro. Mas de vez em quando encontramos pessoas muito legais que fogem totalmente desse esteriótipo americano e acabam nos recebendo aqui no país deles como nós os receberíamos no nosso. Até agora tive bastante sorte de encontrar várias pessoas assim!
Snow ball war
Outra coisa que é muito levada a sério aqui é o Halloween. No dia 31 de outubro podemos ver várias pessoas fantasiadas indo para a aula, vários anúncios de casas assombradas para visitarmos, e muitos doces para todo mundo comer até dizer chega. E as fantasias? Tenho que dar o braço a torcer, esse pessoal aqui é muito criativo e eles conseguem fazer fantasias muito boas, criativas e apavorantes. Me diverti muito no Halloween com a casa assombrada e os doces devorados. Mas essa não é a única tradição daqui não; Thanksgiving, ou Dia de ação de graças como chamamos no Brasil, também é bastante celebrado. Nesse dia (28/11) temos que dar graças por tudo o que temos e compartilhar com outros a nossa alegria, amor e comida, muita comida. Eu não tive o prazer de desfrutar de um jantar de Thanksgiving, porém pude aproveitar algo que também é muito famoso por aqui: o Black Friday. Black Friday não é uma loucura como imaginei, pelo menos não aqui em Tulsa, mas é possível comprar muitas coisas por um preço ótimo, e várias pessoas enfrentam fila e frio para entrarem nas lojas e comprarem o que querem. Eu fui uma delas e fiquei muito satisfeita com minhas compras.
Outras adaptações pelas quais passei e que ainda estou passando, acredito eu que só ficarei 100% adaptada após alguns anos de vivência por aqui. Uma delas é o frio. Sair de um país tropical e ir para um país glacial não é fácil. Tive que comprar várias roupas e calçados propícios para as temperaturas negativas daqui, mas agradeço todos os dias por ter um lar bem aquecido. A neve é divertida nos dois primeiros dias, mas suportar -15° e ruas escorregadias depois disso não é nada fácil. Outra coisa que ainda estou tentando me acostumar são as marcas dos produtos aqui. Muitas marcas são conhecidas no Brasil, mas a maioria não, e eu só vou saber se é bom mesmo se testar. Já comprei cada coisa ruim, mas que serviram para aprender a lição: nem sempre o que é mais caro é o melhor, nem sempre o que é mais barato é ruim. Acredito que até ano que vem serei expert.
Brazilian mango
 Por último, e o que mais dá trabalho para se acostumar, são as unidades de medida. Celsius e Fahrenheit, Quilograma e Pound, Centímetro e Inch, Litro e Galon, Kilômetro e Mile. Eu tenho noção de alguns tipos de unidade de medida, aqui eles usam os outros tipos; o que fazer? Criar essa noção de medida demora anos de convivência com ela e muitos cálculos feitos mentalmente. Hoje em dia a tecnologia nos permite ter aplicativos no celular que convertem automaticamente os valores, e é isso que está salvando a minha pele por aqui, principalmente porque meu cérebro não é nada lógico e o que eu menos quero aqui é fazer conta.
Enfim, como tudo nessa vida, os Estados Unidos tem suas coisas boas e ruins, divertidas e chatas, fáceis ou difíceis de se adaptar. No entanto, eu nunca estive tão convicta que o Brasil é o meu lugar! Estou aproveitando ao máximo essa oportunidade que estou tendo, aprendendo muito e trocando muitas informações, e isso está sendo ótimo para mim. Porém, "não há lugar como nosso lar" ("there's no place like home"), e é pra lá que eu vou quando essa experiência maravilhosa acabar!! Esperem por mim!!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

University of Tulsa

Rua onde moro.

  Eu moro no campus, e isso deixa a minha vida muito mais fácil: (1) saio de casa 10 minutos antes da aula começar e ainda chego na sala bem antes do horário; (2) se eu precisar resolver algum pepino por aqui, é só caminhar de office em office; e (3) se eu quiser ir em alguma festa ou algo do gênero, é super tranquilo porque a maioria dos alunos também mora no campus. Quanto as minhas obrigações aqui na universidade, elas se resumem em auxiliar a professora de português e promover o Brasil por aqui. É trabalhoso, demanda bastante tempo e dedicação, mas acho que estou me divertindo mais do que me estressando. Estou fazendo amizade com os alunos do português, criando um clube em homenagem ao Brasil, preparando eventos que divulguem o Brasil, visitando escolas para chamar mais alunos para estudar português, enfim, espalhando a cultura brasileira por toda a cidade de Tulsa.


  O campus da TU não é gigantesco como imaginei, mas mesmo assim eles têm shuttles que nos levam para diferentes partes do campus. E a universidade é famosa pelos cursos de Engenharia do Petróleo, Business em geral e Direito, por isso a maior parte dos alunos daqui é estrangeiro. Árabes, palestinos, angolanos, turcos, vietnamitas, venezuelanos, mexicanos, e principalmente chineses. Aliás, chinês é o que mais encontramos por aqui. Eles andam tudo em bando e vivem falando mandarim. Aparentemente o objetivo dos estudantes estrangeiros aqui é praticamente o mesmo: se formar em Engenharia do Petróleo e ficar muito rico (nada mau)!! Mas aqui na TU também tem brasileiros! Não somente os que foram enviados pelo programa Ciência sem Fronteiras, mas também aqueles que foram "buscados" no Brasil e ganharam uma bolsa na universidade por praticarem um esporte muito bem.
Barraca de comida em feira.

A comida aqui é uma tristeza. Muita gordura, muita pimenta, uns temperos que não gosto, e tudo o que como me faz mal. Eles colocam pimenta até no sushi! Oklahoma é considerado o estado mais gordo dos Estados Unidos, e isso se deve principalmente ao fascínio deles por bacon e por eles fritarem tudo quanto é tipo de comida por aqui. Até sorvete é frito!! Continuo preferindo comer minha comida feita em casa, mas toda semana tem comida de graça em algum lugar do campus, portanto, não estou tão a salvo dessa "gordice" toda. O jeito é aproveitar tudo o que for possível moderadamente; de graça até injeção na testa!

Por enquanto é só isso pessoal! Próximo post sobre eventos americanos! 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Adaptação...

Carterinha de estudante da TU
Faz exatamente um mês que estou aqui em Tulsa. E nesses 30 dias, muita coisa aconteceu. Vou tentar resumir em pouquíssimas palavras o que já me aconteceu por aqui.
O primeiro dia foi o pior de todos. Eu estava sozinha, minha roommate tinha desistido de morar no apartamento, não conhecia ninguém, não tinha nada para fazer, não sabia onde poderia ir para encontrar comida, enfim, foi desesperador, e só restava me debulhar em lágrimas. Hoje acho que estou beeeem melhor morando sozinha, e naquele mesmo dia eu fui caminhar pelo campus e ao redor para encontrar algum mercadinho. Não tem! Mas achei um posto de gasolina com uma loja de conveniência. O Quick Trip salvou meu dia!
Arrumei meu quarto e me espalhei pelo apartamento para me sentir "em casa", e nos dias seguintes serviram para resolver muitos assuntos burocráticos relacionados a University of Tulsa, Fulbright / IIE e CAPES. Aliás, os assuntos burocráticos são os que perduram até hoje. No entanto, continuava sozinha e pouco amparada pelos offices responsáveis por mim. Hoje posso dizer que isso foi muito bom, pois fez eu ir atrás de tudo, falar com várias pessoas para conseguir o que eu precisava: um grande avanço para mim.


Football game
De lá para cá eu já fui em uma tailgate party, assisti um jogo de futebol americano, fui na academia algumas vezes, fiz aulas aeróbicas experimentais várias vezes e decidi ficar com Dance Therapy, fui em vários eventos propostos pela universidade e instituições nela inserida, comi de graça várias vezes, fui no supermercado, shopping, Target, Walmart, Best BuyWalgreens, pedalei bastante para chegar nos lugares, fiz amigos brasileiros e outros, fui em um festival indígena, assisti um jogo de vôlei com co-técnico e jogadora brasileiros, organizei um evento brasileiro, escrevi muito, li muito, fui em várias aulas, dormi em algumas, participei de reuniões, fui a festas estranhas com gente esquisita, fofoquei bastante, fiz muitos planos, divulguei um pouco a cultura brasileira, conheci a Goldie, comi muita porcaria e comida saudável, chorei de saudade, conversei com o pessoal no Brasil, fiz brigadeiro (mais de uma vez), resolvi paper works, comprei livros, mandei mensagens, limpei a casa várias vezes, tirei sonecas no meio da tarde, fiquei acordada até de madrugada para terminar minhas obrigações, assisti aulas de português, corrigi provas, joguei Candy Crush, fui ao festival Rock'n Ribs, fiquei de saco cheio de não ter o que fazer e super cansada de tanta coisa pra fazer. Enfim, a sensação que tenho é que se passaram muito mais do que 30 dias. E posso dizer que estou quase lá na adaptação.


Iluminação noturna da fonte principal.
Muita coisa já foi feita, porém há muito ainda a fazer. Tenho até o início de maio do ano que vem para resolver tudo o que precisa ser resolvido e fazer tudo o que precisa ser feito. Até lá, tenho algumas metas pessoais a serem cumpridas antes dessa experiência acabar: ir a um show do John Mayer, Norah Jones e dos Backstreet Boys, aprender a dirigir carro automático, tirar a carteira de motorista aqui, comprar um carro bom e barato, comemorar o Halloween e o Thanksgiving, fazer road trips por vários lugares dos EUA, ir a Las Vegas e gamble, visitar a Cintia no Natal, não passar frio durante o inverno, celebrar o Spring Break, deixar o Brasil super popular e bem visto por aqui, e aproveitar ao máximo tudo o que for possível. Desejem-me sorte!!


ps. O próximo post terá minhas percepções sobre Tulsa e a universidade. Não percam!