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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Adaptação 2

Sunset
Agora posso dizer alto e claro: não troco o Brasil por nada!!
O semestre aqui na TU está acabando, e agora que estou mais bem adaptada e que posso respirar mais aliviada, consigo repassar cada estágio de adaptação pelo qual precisei passar para chegar onde cheguei. 
Mudar para outro país com língua, costumes e cultura diferentes não é fácil. Porém, muitas vezes me senti dentro de um filme americano do qual tanto gostamos no Brasil, como o American Pie ou qualquer outro filme que envolva pessoas em uma universidade. Para começar, as festas de fraternidade são como vemos nos filmes: meninas enchendo a cara e caindo de bêbada, sendo carregadas para o andar de cima para fazerem com elas seja lá o que for. Rapazes da fraternidade vestidos praticamente todos da mesma forma e oferecendo bebidas para as meninas de forma que facilite o acesso. Mas isso não é tudo, aqui as pessoas levam a sério esse negócio de cheerleader, futebol americano e esporte em geral, fraternity e sorority. Com isso, os alunos da universidade só andam e se relacionam com quem faz parte da mesma tribo: cheerleaders com atletas, fraternity com sorority, looser com looser, estrangeiro com estrangeiro. Mas de vez em quando encontramos pessoas muito legais que fogem totalmente desse esteriótipo americano e acabam nos recebendo aqui no país deles como nós os receberíamos no nosso. Até agora tive bastante sorte de encontrar várias pessoas assim!
Snow ball war
Outra coisa que é muito levada a sério aqui é o Halloween. No dia 31 de outubro podemos ver várias pessoas fantasiadas indo para a aula, vários anúncios de casas assombradas para visitarmos, e muitos doces para todo mundo comer até dizer chega. E as fantasias? Tenho que dar o braço a torcer, esse pessoal aqui é muito criativo e eles conseguem fazer fantasias muito boas, criativas e apavorantes. Me diverti muito no Halloween com a casa assombrada e os doces devorados. Mas essa não é a única tradição daqui não; Thanksgiving, ou Dia de ação de graças como chamamos no Brasil, também é bastante celebrado. Nesse dia (28/11) temos que dar graças por tudo o que temos e compartilhar com outros a nossa alegria, amor e comida, muita comida. Eu não tive o prazer de desfrutar de um jantar de Thanksgiving, porém pude aproveitar algo que também é muito famoso por aqui: o Black Friday. Black Friday não é uma loucura como imaginei, pelo menos não aqui em Tulsa, mas é possível comprar muitas coisas por um preço ótimo, e várias pessoas enfrentam fila e frio para entrarem nas lojas e comprarem o que querem. Eu fui uma delas e fiquei muito satisfeita com minhas compras.
Outras adaptações pelas quais passei e que ainda estou passando, acredito eu que só ficarei 100% adaptada após alguns anos de vivência por aqui. Uma delas é o frio. Sair de um país tropical e ir para um país glacial não é fácil. Tive que comprar várias roupas e calçados propícios para as temperaturas negativas daqui, mas agradeço todos os dias por ter um lar bem aquecido. A neve é divertida nos dois primeiros dias, mas suportar -15° e ruas escorregadias depois disso não é nada fácil. Outra coisa que ainda estou tentando me acostumar são as marcas dos produtos aqui. Muitas marcas são conhecidas no Brasil, mas a maioria não, e eu só vou saber se é bom mesmo se testar. Já comprei cada coisa ruim, mas que serviram para aprender a lição: nem sempre o que é mais caro é o melhor, nem sempre o que é mais barato é ruim. Acredito que até ano que vem serei expert.
Brazilian mango
 Por último, e o que mais dá trabalho para se acostumar, são as unidades de medida. Celsius e Fahrenheit, Quilograma e Pound, Centímetro e Inch, Litro e Galon, Kilômetro e Mile. Eu tenho noção de alguns tipos de unidade de medida, aqui eles usam os outros tipos; o que fazer? Criar essa noção de medida demora anos de convivência com ela e muitos cálculos feitos mentalmente. Hoje em dia a tecnologia nos permite ter aplicativos no celular que convertem automaticamente os valores, e é isso que está salvando a minha pele por aqui, principalmente porque meu cérebro não é nada lógico e o que eu menos quero aqui é fazer conta.
Enfim, como tudo nessa vida, os Estados Unidos tem suas coisas boas e ruins, divertidas e chatas, fáceis ou difíceis de se adaptar. No entanto, eu nunca estive tão convicta que o Brasil é o meu lugar! Estou aproveitando ao máximo essa oportunidade que estou tendo, aprendendo muito e trocando muitas informações, e isso está sendo ótimo para mim. Porém, "não há lugar como nosso lar" ("there's no place like home"), e é pra lá que eu vou quando essa experiência maravilhosa acabar!! Esperem por mim!!

terça-feira, 5 de novembro de 2013

University of Tulsa

Rua onde moro.

  Eu moro no campus, e isso deixa a minha vida muito mais fácil: (1) saio de casa 10 minutos antes da aula começar e ainda chego na sala bem antes do horário; (2) se eu precisar resolver algum pepino por aqui, é só caminhar de office em office; e (3) se eu quiser ir em alguma festa ou algo do gênero, é super tranquilo porque a maioria dos alunos também mora no campus. Quanto as minhas obrigações aqui na universidade, elas se resumem em auxiliar a professora de português e promover o Brasil por aqui. É trabalhoso, demanda bastante tempo e dedicação, mas acho que estou me divertindo mais do que me estressando. Estou fazendo amizade com os alunos do português, criando um clube em homenagem ao Brasil, preparando eventos que divulguem o Brasil, visitando escolas para chamar mais alunos para estudar português, enfim, espalhando a cultura brasileira por toda a cidade de Tulsa.


  O campus da TU não é gigantesco como imaginei, mas mesmo assim eles têm shuttles que nos levam para diferentes partes do campus. E a universidade é famosa pelos cursos de Engenharia do Petróleo, Business em geral e Direito, por isso a maior parte dos alunos daqui é estrangeiro. Árabes, palestinos, angolanos, turcos, vietnamitas, venezuelanos, mexicanos, e principalmente chineses. Aliás, chinês é o que mais encontramos por aqui. Eles andam tudo em bando e vivem falando mandarim. Aparentemente o objetivo dos estudantes estrangeiros aqui é praticamente o mesmo: se formar em Engenharia do Petróleo e ficar muito rico (nada mau)!! Mas aqui na TU também tem brasileiros! Não somente os que foram enviados pelo programa Ciência sem Fronteiras, mas também aqueles que foram "buscados" no Brasil e ganharam uma bolsa na universidade por praticarem um esporte muito bem.
Barraca de comida em feira.

A comida aqui é uma tristeza. Muita gordura, muita pimenta, uns temperos que não gosto, e tudo o que como me faz mal. Eles colocam pimenta até no sushi! Oklahoma é considerado o estado mais gordo dos Estados Unidos, e isso se deve principalmente ao fascínio deles por bacon e por eles fritarem tudo quanto é tipo de comida por aqui. Até sorvete é frito!! Continuo preferindo comer minha comida feita em casa, mas toda semana tem comida de graça em algum lugar do campus, portanto, não estou tão a salvo dessa "gordice" toda. O jeito é aproveitar tudo o que for possível moderadamente; de graça até injeção na testa!

Por enquanto é só isso pessoal! Próximo post sobre eventos americanos! 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Adaptação...

Carterinha de estudante da TU
Faz exatamente um mês que estou aqui em Tulsa. E nesses 30 dias, muita coisa aconteceu. Vou tentar resumir em pouquíssimas palavras o que já me aconteceu por aqui.
O primeiro dia foi o pior de todos. Eu estava sozinha, minha roommate tinha desistido de morar no apartamento, não conhecia ninguém, não tinha nada para fazer, não sabia onde poderia ir para encontrar comida, enfim, foi desesperador, e só restava me debulhar em lágrimas. Hoje acho que estou beeeem melhor morando sozinha, e naquele mesmo dia eu fui caminhar pelo campus e ao redor para encontrar algum mercadinho. Não tem! Mas achei um posto de gasolina com uma loja de conveniência. O Quick Trip salvou meu dia!
Arrumei meu quarto e me espalhei pelo apartamento para me sentir "em casa", e nos dias seguintes serviram para resolver muitos assuntos burocráticos relacionados a University of Tulsa, Fulbright / IIE e CAPES. Aliás, os assuntos burocráticos são os que perduram até hoje. No entanto, continuava sozinha e pouco amparada pelos offices responsáveis por mim. Hoje posso dizer que isso foi muito bom, pois fez eu ir atrás de tudo, falar com várias pessoas para conseguir o que eu precisava: um grande avanço para mim.


Football game
De lá para cá eu já fui em uma tailgate party, assisti um jogo de futebol americano, fui na academia algumas vezes, fiz aulas aeróbicas experimentais várias vezes e decidi ficar com Dance Therapy, fui em vários eventos propostos pela universidade e instituições nela inserida, comi de graça várias vezes, fui no supermercado, shopping, Target, Walmart, Best BuyWalgreens, pedalei bastante para chegar nos lugares, fiz amigos brasileiros e outros, fui em um festival indígena, assisti um jogo de vôlei com co-técnico e jogadora brasileiros, organizei um evento brasileiro, escrevi muito, li muito, fui em várias aulas, dormi em algumas, participei de reuniões, fui a festas estranhas com gente esquisita, fofoquei bastante, fiz muitos planos, divulguei um pouco a cultura brasileira, conheci a Goldie, comi muita porcaria e comida saudável, chorei de saudade, conversei com o pessoal no Brasil, fiz brigadeiro (mais de uma vez), resolvi paper works, comprei livros, mandei mensagens, limpei a casa várias vezes, tirei sonecas no meio da tarde, fiquei acordada até de madrugada para terminar minhas obrigações, assisti aulas de português, corrigi provas, joguei Candy Crush, fui ao festival Rock'n Ribs, fiquei de saco cheio de não ter o que fazer e super cansada de tanta coisa pra fazer. Enfim, a sensação que tenho é que se passaram muito mais do que 30 dias. E posso dizer que estou quase lá na adaptação.


Iluminação noturna da fonte principal.
Muita coisa já foi feita, porém há muito ainda a fazer. Tenho até o início de maio do ano que vem para resolver tudo o que precisa ser resolvido e fazer tudo o que precisa ser feito. Até lá, tenho algumas metas pessoais a serem cumpridas antes dessa experiência acabar: ir a um show do John Mayer, Norah Jones e dos Backstreet Boys, aprender a dirigir carro automático, tirar a carteira de motorista aqui, comprar um carro bom e barato, comemorar o Halloween e o Thanksgiving, fazer road trips por vários lugares dos EUA, ir a Las Vegas e gamble, visitar a Cintia no Natal, não passar frio durante o inverno, celebrar o Spring Break, deixar o Brasil super popular e bem visto por aqui, e aproveitar ao máximo tudo o que for possível. Desejem-me sorte!!


ps. O próximo post terá minhas percepções sobre Tulsa e a universidade. Não percam!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Gap period!

Chicago Theater

    Amazing!! É somente isso o que consigo pensar. Como foi bom ter esses 4 dias off, também chamados de Gap Period, que compreende entre o final da Summer Orientation e o início do programa de FLTA na universidade. Além de eu ter tido a oportunidade de rever a minha prima, Cintia Zanfra Abney, e seu marido, Kim Abney, passear bastante, comer muito bem, fazer umas comprinhas e conhecer lugares lindos, ainda tive a oportunidade de prestar atenção em alguns hábitos e costumes dos Estados Unidos. E não deixei, é claro, de comparar (não tem como não comparar) algumas coisinhas que são diferentes aqui com algumas coisinhas do Brasil. 

    Decidi, então, escrever uma lista de algumas coisas que acho super importante todo mundo saber quando vier para os Estados Unidos. Elas servem como dicas de sobrevivência ou apenas por curiosidade:

1) As moedas daqui não são o que parecem ser. Nem sempre os valores delas estarão escritos (pode aparecer apenas nomes) e isso complica um pouco a nossa cabeça. A gente tende a pensar que o valor da moeda aumenta de acordo com o tamanha, mas não é nem assim. Um penny vale U$0,01, um nickel vale U$0,05, um dime vale U$0,10, um quarter vale U$0,25, e um half-dollar vale U$0,50. Depois que pega o jeito fica mais fácil de entender as moedas, mas é sempre bom saber mais.
Moedas americanas
2) Infelizmente aquela padaria que todos os brasileiros conhecem não existe aqui nos Estados Unidos. Podemos até encontrar alguma loja de comida com o nome de Bakery alguma coisa, mas ela vende sanduíches, sopas, saladas, e nada de pão! E pão francês (também conhecido como cacetinho, pão de trigo, etc) nem pensar, muito menos pão doce (ou massinha, pão de leite, etc). É bom vir pra cá com o estômago preparado.
3) Se você for a um restaurante, qualquer que seja, e pedir água em vez de refrigerante ou outra bebida, não se espante em não ser cobrado por isso. A água é da torneira (aliás, dizem que é bem seguro beber água da torneira) e eles dão sem cobrar nada. Você irá pagar somente se comprar água mineral de garrafa, caso contrário é FREE! E também não pense em ir a um restaurante em pedir um suco para beber. No máximo eles têm uma lemonade com algum sabor artificial, mas nada de suco de polpa nem natural. Um lugar onde pode ser encontrado suco natural é o Jamba Juice, mas é uma casa especializada em sucos naturais, e eles têm até açai!!
4) Teoricamente, o papel higiênico nos Estados Unidos foi feito para se dissolver facilmente na água. Por esse motivo, ao usar um banheiro público, ou até residencial, devemos jogar o papel higiênico usado no vaso sanitário e dar descarga. Para nós, basileiros, isso é muito estranho, pois jogar papel no vaso sanitário pode ocorrer entupimento do cano. Porém, aqui é jogado no vaso e dado descarga. Não sei exatamente qual o estrago ambiental que isso pode causar, mas todos fazem aqui fazem isso.
5) Os americanos são bastante educados. Isso quer dizer que eles estão sempre falando excuse me, I'm sorry, please, etc. Sempre nos cumprimentam muito cordialmente quando entramos em algum estabelecimento e são sempre muito solícitos. Com isso, eu descobri que existem muito mais formas de se dizer "de nada" em inglês, como not a problem, not at all, it's my pleasure, aham, e you're welcome, claro.
Food and drink machine
6) Sabe aquelas máquinas super úteis que nos dão comidas, bebidas, absorventes, doces, etc? Então, ... elas estão por toda parte! Praticamente em todos os lugares que você for você pode encontrar alguma a sua disposição. Elas são práticas, rápidas e vem a calhar no momento de fome ou sede. Algumas funcionam com cartão, outras com dinheiro, e sempre estarão por aí para nos salvar do desespero.  
7) O fuso horário é uma coisa complicada aqui nos Estados Unidos. Em East Lansing (Michigan) o fuso horário era apenas de 1 hora a menos em relação ao Brasil. Já em Aurora (Illinois), o fuso horário é de 2 horas de diferença, e as duas cidades ficam a apenas aproximadamente 4 horas de distância uma da outra. Por isso, é sempre bom verificar o fuso horário do local onde você está indo, principalmente se for pegar avião, ônibus, trem, etc.
8) Não sei se isso vale para todo o território estadunidense, mas uma coisa que eu reparei nos lugares por onde passei (Michigan, Illinois e Oklahoma) é que, nesse período de verão, amanhece muito cedo e escurece bem tarde. Às 5 horas da manhã o sol já está raiando no céu e o dia está bem claro, e às 20:30 ele começa a descer e aos poucos vai escurecendo. Isso é esquisito, pois às 19:00 as pessoas já estão jantando e se preparando para se recolher enquanto o sol ainda está lá fora reinando.
9) Muitas coisa aqui nos Estados Unidos são mais baratas que no Brasil, principalmente roupas e dispositivos eletrônicos. Mas não se deslumbrem e saiam comprando tudo o que veem pela frente. Nas lojas você vai encontrar nas etiquetas o valor do produto que você quer comprar, mas ao passar pelo caixa serão acrescido o valor do imposto sobre o produto, que varia de estado para estado. Em Chicago, por exemplo, o valor do imposto é de 8,5%. Ou seja, você encontra uma camiseta na loja por U$15, mas ao passar no caixa você paga R$16,27 por ela, pois foi acrescido o valor de 8,5% sobre o valor do produto.
10) É muito comum encontrar animais "selvagens" por aí, como esquilos, patos, coelhos, etc. Mas não se engane! Eles são fofinhos e bonitinhos, mas podem morder e arranhar. Tire fotos, deixe a comidinha para eles em algum lugar, mas não deixe eles chegarem muito perto, pois isso pode ser um pouquinho perigoso.

Bom, depois dessas intermináveis observações, espero que elas tenham sido um pouco úteis para muitos que pretendem visitar os Estados Unidos. Gostaria de lembrar que elas foram feitas do meu restrito ponto de vista, então, para muitas pessoas, isso que escrevi pode não ser such a big deal! Enfim, antes de finalizar esse post, gostaria de agradecer imensamente a hospitalidade e o carinho que tive em Aurora - IL. Cintia and Kim, thank you so much for what you have done for me these four days. I sure had a great time!!

Até o próximo post, que será sobre a University of Tulsa!


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Nobody said...

Flying and tripping...
A pior parte de uma viagem longa é a despedida. Do momento que eu disse "até depois" até o início das sessões da Summer Orientation, eu estava muito homesick e queria muito voltar pra casa. Ninguém me disse que seria tão difícil ficar longe de tudo e de todos, principalmente por tanto tempo. Porém, após esses 4 dias de muita coisa para fazer e para aprender, só tive tempo para querer muito dormir. Mas continuo homesick...

Ice-skating.
E esses quatro dias, ah esses dias... estavam tão cheios de atividades que tenho a impressão de terem durado muito mais. No domingo eu cheguei em Chicago - IL, esperei 4 horas por outro voo para Lansing - MI, peguei um avião pequeno que fazia eu me sentir em uma montanha russa, cujo aeromoço era o Apu dos Simpsons. Em Lansing me estabeleci no hotel e fui fazer um tour pelas redondezas. Na segunda-feira foi tour pelo campus da Michigan State University, palestra atrás de palestra e ice-skating, que foi a melhor parte. Aliás, apesar do atropelamento que sofri no rink de patinação, me sai super bem! Na terça-feira foram mais palestras com atividades práticas, uma logo seguida da outra, e um típico American BBQ onde pudemos nos divertir perto do Lago Lansing. Na quarta-feira, último dia de orientação, mais caminhadas pelo campus, palestras, microteaching, e um farewell dinner onde pudemos confraternizar com todos os Fulbrighters mostrando as tradições e danças de cada país.

Fulbrighters at MSU
Como todas as coisas na vida, tudo tem o lado positivo e o negativo, e com essa viagem não é diferente. POSITIVO: conheci pessoas vindas de todos os cantos do mundo, e fiz grandes amigos for life. NEGATIVO: com toda essa agitação, mal tive tempo de conversar com minha família, meu noivo e amigos no Brasil, o que faz aumentar a minha saudade e homesickness. POSITIVO: todas as palestras e sessões foram muito boas, criativas e interessantes. Elas me ajudaram bastante a conhecer melhor a cultura americana e a ser uma teacher melhor. NEGATIVO: não me dei nada bem com as comidas daqui. O breakfast foi super tranquilo, mas em todas as outras refeições oferecidas eu me dei mal. Ou era doce (e deveria ser salgado), ou tinha um tempero estranho, ou não era doce o suficiente (faltava leite condensado). POSITIVO: fiz bastante coisas muito divertidas e visitei lugares bem interessantes por aqui. Além de que todos foram muito simpáticos e solícitos com tudo o que precisássemos. NEGATIVO: as porcarias aqui são mais baratas e ando bem tristinha pela saudade, e como consequência, comer candies, chocolate, chips, etc. Meu amanhã não será bonito.

Enfim, a Summer Orientation terminou hoje (14/08), e sei que toda essa experiência eu vou guardar para toda a vida e terei muitas histórias para contar posteriormente. Começo a ser FLTA (Foreign Language Teaching Assistant) na University of Tulsa somente no dia 19 de agosto, portanto terei 4 dias de break. Na quinta pego um ônibus para Naperville - IL, pois ficarei em Aurora - IL na casa da prima do meu pai. Ou seja, próximo update vai ser de férias nos States!! Yey!! :) 

Susan Gass e moi!
Ah, antes que eu me esqueça, essa Summer Orientation me deu a oportunidade de conhecer pessoalmente a Dra. Susan Gass, autora de vários livros e artigos sobre SLA (Second Language Acquisition). Foi muito emocionante ver que existe um ser humano de carne e osso por trás dos textos que li durante a graduação e o mestrado. Além disso, foi uma grande honra poder conversar com ela, que foi super simpática comigo. Muito mais YEYs!! 

See you later, alligator!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

The Beginning...

O processo começou em agosto de 2012 através da inscrição no site da Fulbright. Vários essays escritos, vários conselhos ouvidos, e muita energia positiva para que tudo desse certo. Nove meses depois a boa notícia chegou: It's a girl!! And you're going to the University of Tulsa.
O início foi de negação: "ah não! Mas eu queria ir para Califórnia"!! Depois veio a aceitação: "ah, tudo bem, Tulsa é a segunda maior cidade de Oklahoma, e o lugar é beeeem bonito, tá". Em seguida vieram as piadinhas: "cuidado com os tornados"! E agora, a ansiedade, o desespero, o medo, a tristeza...: "será que eu vou aguentar ficar tanto tempo sem a minha família, sem meu noivo, sem meus cachorros, meus amigos"?, "será que vai dar tudo certo"?

Então deixe-me explicar mais ou menos what's going on!

A Fulbright é um programa do governo Estadunidense que concede bolsas de intercâmbio educacional para estudantes, professores e pesquisadores. O programa do qual faço parte chama-se FLTA (Foreign Language Teaching Assistant) que engloba não somente o Brasil, mas bolsistas do mundo todo. Esse programa tem como objetivo incrementar o ensino de línguas estrangeiras nas universidades de lá, estreitando as relações entre os EUA e vários outros países. Além disso, teremos a chance de estudar na host university que iremos e viajar por todo o país (até onde o dinheiro permitir). Todo o programa é patrocinado pela CAPES e Fulbright, que nos fornecem passagens, moradia, alimentação, hospedagem (durante os orientation) e uma bolsa para eventuais gastos com materiais, roupas, etc.


Santa Ceia com os Fulbrighters no Vitrine.
Dia 11 e 12 de julho eu estava em São Paulo (com passagens e hotel pagos pela Fulbright) para a nossa PDO (Pre-departure Orientation) e para tirar o visto no Consulado americano. Foi super legal e enriquecedor conhecer e trocar figurinhas com todos os outros Fulbrighters que também vão para os EUA fazer a mesma coisa que eu. Mas o mais legal foi tirar o visto passando na frente de 300 mil pessoas que estavam esperando na fila há 5 horas para o entrevistador do consulado com aquele sotaque perguntar: "Você vai para Oklahoma? Você está muito excitada com isso? Não se preocupe, você irá se divertir muito! Seu visto foi concedido"! Foi uma EXPERIÊNCIA para a vida inteira.

Dia 10 de agosto embarco para Lansing (Michigan), onde terei minha Summer Orientation. Portanto, em breve mais informações. I hope you enjoy it as much as I do!